O vento zunia por entre os pinheiros bravos, que acoplavam no lado norte da quinta. A trovoada, galgando as serras vizinhas, deslizava veloz em direcção à casa grande. Havia roupa esquecida no estendal, que rodopiava como uma pobre bailarina da escola de Perm, a rapariga esquecera-se de a apanhar, no frenesim de correr a casa toda a fechar as janelas. Um dos cães, escondido no celeiro, gania em desespero medonho. Sempre tivera medo das trovoadas, embora fosse o mais valente com os lobos, que às vezes tentavam a sorte no rebanho.